segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Os empresários do calçado defendem que a redução da contribuição das empresas para a Segurança Social e o agravamento para os trabalhadores é uma medida injusta, admitindo distribuir a poupança alcançada  pelos seus funcionários.  



Cá está:


"O dinheiro que eu ganhar será diretamente para os trabalhadores", garantiu  o empresário de calçado Luís Onofre, na feira calçado em Milão, rejeitando  que a proposta do Governo de reduzir a Taxa Social Única (TSU) conduza à  criação de emprego. 
O empresário explicou que distribuir a poupança conseguida com a redução  da TSU "é uma forma de motivar" os 52 funcionários que emprega na fábrica  em Oliveira de Azeméis, considerando que "se a ideia é aumentar a produtividade  nacional, esta medida vai no sentido contrário".  
"Este apoio às empresas não vai criar mais emprego. Eu não vou criar  mais emprego", declarou.  

sábado, 15 de setembro de 2012

15 de Setembro

Urge fazer duas questões:

-As medidas apresentadas resolvem? Não. Os resultados da descida da TSU são absolutamente marginais do ponto de vista económico e do ponto de vista da criação de emprego. As medidas não fazem, de facto, sentido e actuam pouco onde o PSD e CDS defendiam. O nosso querido Leviatã atingiu dimensões incomportáveis e que nos estão dia para dia, a levar à bancarrota. Uma irresponsabilidade total por parte de quem tem o dever de estudar, de encontrar soluções e de as apresentar aos portugueses de forma coerente. É isso, primeiro ponto, falta de coerência. 
Como escreve Henrique Raposo, "as empresas não têm acesso ao financiamento bancário e sem esse impulso, têm poucas oportunidades de lançar investimento criador de emprego. Descer a TSU num contexto de escassez de crédito para as empresas é o mesmo que plantar um belo jardim e esquecer a água, é o mesmo que dar viagra a um eunuco"
Um governo que é incapaz de executar uma política de corte claro e duro à despesa pública, permitindo aos portugueses um raciocínio economicamente saudável, é imperdoável.
Crise na coligação?!? Há muito menino no PSD e CDS que ainda não percebe que isto não é uma questão partidária, ou pelo menos, deixou de o ser. É uma questão de Estado e não adianta teatrozinhos de parte a parte.


- Depois, há outra questão importante: o impacto que esta medida causa na coesão social do país. 
A forma de anúncio das medidas (e sem esperar pelas reacções da troika, disparate completo!!), criaram o sentimento de angústia e desespero que era aquilo que ainda nos diferenciava de países onde os brandos costumes não são tão visíveis.

Agora, não me venham com manifestaçõezinhas de "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas". Isto é brincar com o País, é a brincar com tudo o que já se conseguiu até agora (que é, por vezes, também esquecido).
O pior que nos podia acontecer neste momento, enquanto País que mostra confiança aos mercados externos, era uma crise política. E anda por aí muita gente com sede de que isto vire Atenas. O PS, então, tem uma "grande lata", age e fala aos portugueses como se eles não tivessem memória e como se o PS não tivesse grande responsabilidade pela situação em que nos encontramos.
Se bem me lembro, Sócrates teve a proeza de duplicar a dívida soberana de Portugal durante os 6 anos de governação. Aumentou a função pública, aumentou as obras públicas, venceu as eleições à custa de promessas que sempre dependiam de recurso ao crédito obtido nos mercados internacionais. 
E aqueles que vão à manifestação são os mesmos que sofrem de amnésia, aqueles que não quiseram saber e foram atrás do direito ao TGV e quilómetros de auto-estradas para impedir que uma região se sentisse inferior a outra, as PPP e as ex-Scuts - o Dr. Paulo Campos ainda tem um lugarzinho na Assembleia? 
E então, vão exigir agora o quê?

Mentes pequenas discutem pessoas, mentes medianas discutem eventos e grandes mentes discutem soluções e ideias, já dizia a primeira-dama dos EUA há cerca de 80 anos atrás.


É esse o problema. É o défice democrático que existe no nosso país, é a falta de sentido de Estado e a gritante necessidade de revitalização dos partidos políticos no sentido da sua acção em prol do caminho certo para o País.
O nosso país, mais do que economicamente e financeiramente falido, é civicamente e moralmente destruído.
Sentem-se à mesa, discutam, encontrem medidas viáveis, medidas com sentido.
Porque eu, eu também partilho deste sonho.



terça-feira, 11 de setembro de 2012

#2 Ainda sobre o anúncio do PM

Aquilo que poderia muito bem ser uma carta aberta a Pedro Passos Coelho. Exige-se mais coragem e dignidade nas opções políticas. Principalmente isso, sim, dignidade.





(...)




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Desculpe, importa-se de repetir?





Em Dezembro de 2011, numa conferência do Ministério Público sobre o combate à corrupção, criticou o "excesso de garantias" de que dispõem os arguidos e os poderes infindáveis de que beneficiam os acusados... de crimes de corrupção e defendeu (ainda!!) alterações da lei para combater o crime organizado, cada vez mais evidente e que, segundo a mesma "toma conta do poder de decisão".

Afinal, em que ficamos?